A apaixonada obra do maestro Gustavo Dudamel continua a inspirar públicos de todas as idades, em todas as partes do mundo. Actualmente a exercer as funções de Director Musical tanto da Simón Bolívar Symphony Orchestra, da Venezuela, quanto da Los Angeles Philharmonic, o impacto da sua liderança musical tem sido sentido nos quatro continentes. Apesar dos seus compromissos com estas duas instituições ocuparem uma boa parte do seu calendário anual, Dudamel tem dirigido alguns dos mais importantes colectivos mundiais. Nesta temporada, regressou à Vienna Philharmonic e à sua congénere de Berlim, além de ter feito digressões pela ópera do La Scala e no Japão. Outras participações, como convidado, incluem a New York Philharmonic, a Munich Philharmonic, a Philharmonia Orchestra London, a Bamberg Symphony, a Bavarian Radio Symphony Orchestra e a Gothenburg Symphony, onde é Maestro Honorário.
A sua primeira aventura na composição de música para filmes surgiu em «Libertador» (a vida de Simón Bolívar), película para a qual escreveu a partitura, que gravou, com a Simón Bolívar Symphony Orchestra, da Venezuela.
No arranque da sua 15ª temporada como Director Musical, Gustavo Dudamel continua a liderar a Simón Bolívar Symphony Orchestra, tanto na sua Venezuela natal quanto em digressão. 2013 começou com uma produção de «Tannhäuser», na Ópera de Bogotá, seguida por uma residência de Verão no Salzburg Festival. A Simón Bolívar Symphony Orchestra partiu, então, para uma digressão por Paris e pelo Médio Oriente, em Janeiro de 2014, antes de viajar para a Califórnia, em Fevereiro, para uma residência e concertos em conjunto com a Los Angeles Philharmonic, no LA Phil Tchaikovsky Festival.
Gustavo Dudamel encontra-se, actualmente, no quinto ano como Director Musical da Los Angeles Philharmonic, instituição que já renovou o seu contrato até 2018-19, a 100ª temporada da orquestra. Sob a sua liderança, a Los Angeles Philharmonic tem expandido a sua actividade através dos mais diversos projectos, com especial destaque para o Youth Orchestra Los Angeles (YOLA), influenciado pelo bem-sucedido El Sistema, da Venezuela. Com a YOLA, Gustavo Dudamel leva a música até às crianças das mais carenciadas comunidades de Los Angeles, ao mesmo tempo que inspira esforços similares por todo o país, assim como programas na Suécia (Hammarkullen) e Escócia (Raploch). Nesta temporada, os estudantes da YOLA terão a oportunidade única de tocar ao lado dos músicos da Los Angeles Philharmonic, na sua primeira apresentação pública «partilhada» de sempre.
A importância do seu trabalho com a Los Angeles Philharmonic não passa, somente, pela dimensão da audiência a que se destina mas também pela profundidade da programação que Gustavo Dudamel tem apresentado, que se tem vindo a revelar, verdadeiramente, notável. Em 2013-2014, os programas na Los Angeles Philharmonic continuam a ser os melhores e os mais arrojados: onze estreias mundiais e treze comissões; um Hollywood Bowl Aida e o «Requiem» de Verdi; a estreia de uma temporada que se estenderá a toda a comunidade, na celebração do 10º aniversário do Walt Disney Concert Hall, que culmina com uma festa de gala, na própria sala; uma digressão por sete cidades norte-americanas São Francisco, Kansas City, Nova Iorque, Washington, Toronto, Montreal e Boston. A temporada terminará com a encenação de «Così fan tutte», com o arquitecto Zaha Hadid, que completa a trilogia, que se estendeu por três anos consecutivos, do projecto «Mozart/Da Ponte».
Artista exclusivo da Deutsche Grammophon desde 2005, Gustavo Dudamel, que já foi distinguido nos prémios Grammy, conta com numerosas edições naquela etiqueta. Como parte do projecto de gravação das maiores obras de Mahler, o seu mais recente CD foi «Mahler 9», com a Los Angeles Philharmonic, a que se seguirá «Mahler 7» (com a Simón Bolívar Symphony Orchestra). Além disso, a DG já editou «Mahler 5», assim como «Dudamel: Mahler 8 - Symphony of a Thousand Live from Caracas», o DVD e Blu-Ray que revela o esforço combinado da filarmónica americana com os "Bolívares". Em Setembro de 2013, foi revelada internacionalmente a totalidade da discografia de Strauss, com a Berlin Philharmonic (em CD), assim como um disco com os "Bolívares" e Yuja Wang, a interpretar o Terceiro Concerto para Piano, de Rachmaninoff, e o Segundo Concerto para Piano, de Prokofiev. O CD «Gospel According to the Other Mary», de Adams, com a Los Angeles Philharmonic, tem edição agendada para 2014.
Muitos vídeos e DVDs têm captado o entusiasmo de alguns dos mais importantes momentos da vida musical de Dudamel, entre os quais «The Inaugural Concert», que regista para a posteridade a sua primeira aparição como Director Musical da Los Angeles Philharmonic, em 2009, o Concerto de Ano Novo de 2011, com a Berlin Philharmonic, e o Concerto de Aniversário para o Papa Bento XVI, entre muitos outros. Em Junho de 2011, surgiu o documentário, «Let the Children Play», que conta com a participação de Dudamel e que passou por mais de 500 salas de cinema norte-americanas. Por três vezes, Gustavo Dudamel passou pelo incontornável programa informativo, «60 Minutes», além de ter sido protagonista de um especial da cadeia PBS, em 2010, com «Dudamel: Conducting a Life». Em Fevereiro de 2012, visitou o conhecido clássico infantil, «Rua Sésamo».
Gustavo Dudamel é um dos mais flamejantes maestros da sua geração. Recentemente, foi considerado «Músico de 2013», pela Musical America, um dos mais importantes reconhecimentos da indústria da música clássica, além de ter sido votado para o Gramophone Hall of Fame. Em Outubro de 2011, foi considerado Artista do Ano Gramophone e, em Maio desse ano, foi distinguido pela Royal Swedish Academy of Music, pelo seu «eminente mérito na arte musical». No ano anterior, recebeu o Eugene McDermott Award in the Arts, atribuído pelo MIT. Dudamel tornou-se Cavaleiro da Ordre des Arts et des Lettres, em Paris, em 2009, recebendo o doutoramento honorário da Universidad Centroccidental Lisandro Alvarado, na sua cidade natal, Barquisimeto. Desde 2012, é, também, doutor honorário da Universidade de Gotemburgo. Em 2008, a Simón Bolívar Youth Orchestra foi premiada com a prestigiada distinção espanhola, Príncipe da Astúrias, na área das Artes, e, ao lado do seu mentor, José Antonio Abreu, Dudamel recebeu o «Q Prize» da Universidade de Harvard, pelo seu extraordinário serviço às crianças.
Considerado, pela revista Time, uma das 100 pessoas mais influentes, em 2009, Gustavo Dudamel nasceu em 1981, em Barquisimeto, na Venezuela. Em criança, teve aulas de violino com José Luis Jiménez e Francisco Díaz, no Conservatório Jacinto Lara. Os seus estudos do instrumento continuaram com Rubén Cova e José Francisco del Castillo, na Academia de Violino da América Latina. A sua aprendizagem na área da condução começou em 1996, com Rodolfo Saglimbeni e, no mesmo ano, alcançou a sua primeira posição como maestro, enquanto Director Musical da Orquestra Amadeus Chamber Orchestra. Em 1999, foi nomeado Director Musical da Simón Bolívar Youth Orchestra, começando a estudar com o seu fundador, Dr. Abreu; alguns anos mais tarde, em 2004, Dudamel saltou para a ribalta das atenções internacionais ao vencer a competição inaugural Bamberger Symphoniker Gustav Mahler. Estas primeiras experiências musicais e o convívio com os seus mentores definiram o seu compromisso em tornar a música um motor para uma mudança social algo que se tornou a paixão da sua vida.
Em 2012, Gustavo e Eloísa Dudamel lançaram a The Dudamel Foundation, que se dedica a aprofundar a educação musical e a justiça social, um pouco por todo o mundo.
Gustavo Dudamel, a sua mulher Eloísa Maturén, e o filho de ambos, Martín, dividem o seu tempo entre Caracas e Los Angeles.